Desde segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul vem sendo atingido por fortes enxurradas e deslizamentos, efeitos da crise climática, resultando em 13 mortes confirmadas, 21 pessoas desaparecidas e mais de 8 mil desabrigadas. Além disso, 134 cidades foram afetadas de alguma forma, o que fez o governo decretar estado de calamidade.

O decreto tem validade por 180 dias. As aulas na rede pública foram suspensas na quinta (2) e na sexta-feira (3) em todo o estado. O presidente Lula sobrevoou áreas afetadas e garantiu suporte do Governo Federal para o estado.

Em Putinga e região, cerca de 210 quilômetros de Porto Alegre, devido ao risco iminente de rompimento de barragens e aos impactos das fortes chuvas, a população está sendo evacuada. As autoridades locais alertaram para o potencial de desastre caso a barragem Santa Lúcia, desativada, se rompa, afetando até 60% da cidade, que possui uma população de 3.747 habitantes.

A prefeitura está monitorando de perto a situação da vazão, enquanto a população enfrenta interrupções no fornecimento de energia elétrica e oscilações no sinal de telefonia.

Além disso, outras usinas também estão sob atenção, como as barragens de Monte Claro e Castro Alves. O alerta máximo foi acionado próximo à barragem 14 de Julho, entre Cotiporã, Veranópolis e Bento Gonçalves, com a recomendação de evacuação da área.

A Defesa Civil tem orientado a população a adotar medidas preventivas, como permanecer em casa sempre que possível, evitar áreas alagadas ou inundadas e prestar auxílio a pessoas vulneráveis, como idosos e doentes.

As fortes chuvas também impactaram significativamente o abastecimento de água na região. Segundo informações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), cerca de 257 mil imóveis em 25 municípios foram afetados pela falta de água devido a alagamentos e interrupções no fornecimento de energia elétrica. As áreas mais afetadas são as regiões Central e Nordeste do estado.