Agora moradores de São Paulo, Paraná e Santa Catarina que querem doar para vítimas da crise climática no Rio Grande do Sul podem utilizar os centros de distribuição dos Correios como ponto de entrega. Os correios irão transportar para cidades atingidas no RS alimentos da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de higiene seco e itens de vestuário.

A Azul Linhas Aéreas, que faz voos diários para o Rio Grande do Sul, também abriu as lojas em aeroportos para receber doações. Em Manaus, mais de 70 mil litros de água arrecadados serão entregues para a linha aérea realizar o transporte. Uma das dicas para quem está doando é de catalogar com etiqueta de identificação o item que está entregando.

A estatal se compromete a coletar e transportar gratuitamente todas as doações, abrindo caminho para que a solidariedade chegue sem custos aos doadores. Além das doações recebidas, os Correios também estão contribuindo com mercadorias esquecidas, como itens de vestuário e utensílios domésticos, destinados aos afetados pelas chuvas. Essas doações são objetos de refugo, que já passaram por todas as tentativas de entrega sem sucesso e agora podem encontrar um novo propósito em ajudar aqueles que mais precisam.

Em uma ação conjunta, os Correios e a Receita Federal estabeleceram uma parceria para destinar mais de 50 toneladas de roupas e calçados apreendidos às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou essa iniciativa em suas redes sociais, ressaltando o compromisso do governo em fornecer auxílio às famílias afetadas.

Essas mercadorias serão enviadas gratuitamente de São Paulo para Porto Alegre com o apoio dos Correios e, após triagem, serão distribuídas nos locais indicados pela Defesa Civil. Além disso, a Receita Federal também está providenciando o transporte de mais 30 toneladas de cobertores, agasalhos e artigos de vestuário provenientes do depósito de Foz do Iguaçu, ampliando ainda mais o apoio às comunidades atingidas.

Até o momento, as autoridades do Rio Grande do Sul registraram mais de 90 mortes e 1,5 milhão de pessoas afetadas com a crise climática, enchentes e deslizamentos. O serviço de Defesa Civil mantém o alerta de novas chuvas e risco de inundações.