Enquanto o mundo tem aumento generalizado da fome, de acordo com um relatório da ONU, a taxa de pobreza caiu em 25 estados e no Distrito Federal em 2023, atingindo seu menor nível desde o início da série histórica em 2012. O índice nacional passou de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5%. Cerca de 24,4 milhões de pessoas saíram da situação de fome no Brasil.

As informações têm como base o levantamento sobre rendimentos, divulgado semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nos dados do IBGE, a taxa de pobreza alcançou 22,8%, no ano passado. Já em relação à extrema pobreza, a taxa ficou em cerca de 3%.

Pablo Lira, diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves, que realizou o estudo, explica que, de maneira geral, a queda dos índices evidencia o desenvolvimento de um trabalho conjunto e melhoria no ambiente econômico e social do país.

“Vale a gente destacar alguns fatores associados a essa redução. O aspecto do Bolsa Família. Além desse fator, a gente pode citar: integração das políticas ligadas ao Sistema Único de Assistência Social e índices macroeconômicos do Brasil. O Brasil, no ano de 2023, registrou um crescimento considerável do PIB, combinado com esse crescimento, alcançou recorde na geração de emprego”.

Diante desses resultados, o diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves avalia que 2024 deve manter a tendência de queda nessas taxas.

“Olhando a tendência de redução dos índices de pobreza, o crescimento econômico do Brasil, previsto inclusive pelo mercado, redução do desemprego e geração de renda, tudo indica que o Brasil vai conseguir alcançar redução das taxas de pobreza em 2024 e, provavelmente, nos próximos anos, seguindo essa tendência com redução dos indicadores de pobreza e extrema pobreza”.

É considerada em situação de pobreza uma pessoa que vive com até R$ 664, por mês, e em extrema pobreza aquela cuja renda fica abaixo de R$ 208.