Como resultado de negociações entre as entidades representativas dos servidores federais e a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI), a partir do próximo mês, o auxílio-alimentação terá um aumento de 51,9%, passando de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, o auxílio-saúde, que atualmente está em R$ 144,38, será reajustado para cerca de R$ 215, enquanto o auxílio-creche subirá de R$ 321 para R$ 484,90.

Apesar do aumento nos benefícios constitucionais, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) continua reivindicando reajustes nos salários, entre 7% e 10%, para este ano. Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, ressaltou que o termo de compromisso não garante reajustes para 2024, e que a entidade continuará lutando pela valorização salarial da categoria.

O governo federal também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.

De acordo com o Ministério, o aumento do auxílio-alimentação resultará em um ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que recebem até R$ 9 mil mensais. Os servidores com as menores remunerações e que recebem simultaneamente os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão um aumento de até 23% na remuneração total.

A Condsef, que representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas, considera o reajuste nos benefícios uma conquista, mas mantém o foco na busca por melhorias salariais para os próximos anos.